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Depressão Sorridente - Pedro Martins Psicoterapeuta

A Depressão Sorridente

Não creio que se possa falar em “Depressão Sorridente” como entidade nosológica.

Mais correcto será dizer que certas pessoas, apesar de deprimidas, apresentam-se “sorridentes”. Mais que sorridentes no sentido literal, mantém-se funcionais: continuam a trabalhar (baixo absentismo), a cuidar do lar, da família, e têm actividade social.

São pessoas que apesar de estarem deprimidas parecem felizes.

Tende a pensar-se que as pessoas com depressão estão impossibilitadas de funcionar, mas não é exactamente assim. Para além disso, não só não existem duas depressões iguais, como cada pessoa vivencia a depressão de forma diferente.

Há casos em que algumas destas pessoas podem nem perceber que estão deprimidas, principalmente se se mantiverem “funcionais”.

Apesar de notarem (principalmente) um cansaço maior do que o habitual, tendem a desvalorizar ou a considerá-lo resultado de qualquer outra coisa. O mesmo acontece quando sentem alguma desmotivação, “preguiça”, ou um desinteresse generalizado.

Pode parecer estranho que alguém possa “andar sorridente” e ao mesmo tempo estar deprimido, mas acontece com frequência.

Aqueles que fazem acompanhar a sua depressão com um “sorriso” são os ficam surpreendidos quando são diagnosticados.

Outros nunca chegam a ser diagnosticados porque o receio de estarem deprimidos é tão grande que se afastam de qualquer coisa que lhes possa trazer essa confirmação.

Apesar de a tristeza ser um dos principais sintomas da depressão, as pessoas podem apresentar ansiedade, medo, raiva, fadiga, irritabilidade, desesperança e desespero.

As pessoas que não admitem estar deprimidas têm receio de se afundarem caso vacilem perante o mal-estar que sentem.

Também podem ter problemas com o sono, falta de satisfação em certas actividades prazerosas (até então) e perda de libido. A experiência é diferente para cada um. É possível ter apenas um ou vários destes sintomas.

As pessoas que sofrem da chamada depressão sorridente – as que não admitem estar deprimidas – têm um receio não muito consciente de se afundarem caso vacilem perante o mal-estar que sentem.

Por isso usam capas rígidas atrás das quais “escondem” dos outros, mas principalmente de si, os sinais de depressão.

Algumas destas depressões acabarão por ser ultrapassadas com o tempo.

Em alguns casos pode tratar-se de uma personalidade depressiva em vez de uma depressão propriamente dita. (Ver: Personalidade Depressiva e Depressão)

Outras terão uma boa evolução se reconhecidas pelo próprio e pela família e amigos. Dado serem ligeiras poderão ser ultrapassadas sem recurso a terapia.

As mais profundas necessitam de tratamento.

Caso conheça alguém que tenha dificuldade em aceitar que está deprimido e procura ajudar essa pessoa, evite colocar a questão de forma muito directa. A resposta será um rotundo não.

Destapar à força a depressão que alguém procura tapar, não só é ineficaz, como contraproducente e até cruel.

Compartilhar sentimentos é a melhor forma de ajudar.

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