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Esperar o Pior Pode Levar ao Pior

Um novo estudo mostra como os neuróticos criam as suas próprias profecias auto-realizáveis. Esperar o pior pode levar ao pior.

Você está prestes a encontrar-se com uma pessoa que conheceu online, talvez um futuro namorado; a ir a uma entrevista de emprego solicitada por uma empresa.

Inegavelmente, estas parecem ser grandes oportunidades, mas elas podem despertar muitas questões e medos internos.

Eles vão gostar de você o suficiente para avançar para um relacionamento, romântico ou profissional?

O que fará quando se encontrar com eles?

Você pensa nos momentos em que falhou em situações semelhantes e só consegue imaginar que as coisas vão correr mal.

Se disser a coisa errada a decepção será ainda maior.

E se deixar as suas crenças políticas escaparem na conversa, apenas para descobrir que essa pessoa pensa exactamente o oposto?

E se a sua mente ficar em branco quando tentar responder a uma pergunta importante?

 

As crenças negativas fazem com que as pessoas vejam as suas experiências através de um conjunto distorcido de percepções.

 

De acordo com a teoria cognitiva das emoções, a manutenção das crenças disfuncionais impedem as pessoas de vivenciarem a felicidade e leva-as a sentirem-se deprimidas e ansiosas.

Estas crenças disfuncionais incluem:

– Ideias de que as outras pessoas não gostam de você;

– Esperar o pior numa nova situação;

– Usar as ocasiões em que não teve sucesso como prova de que nunca terá êxito no futuro.

Segundo a teoria cognitiva as crenças negativas que você mantém sobre si mesmo fazem com que veja as suas experiências através de um conjunto distorcido de percepções.

 

O que faz manter as percepções negativas?

1 – Você teve tantas experiências negativas no passado que se acostumou ao fracasso e agora ele está enraizado na sua identidade.

2 – Os traços de personalidade distorcem as suas percepções de uma forma que impossibilitam que você tenha expectativas de que alguma coisa boa lhe vai acontecer.

Um estudo de Wilson McDermut e al. refere que os traços neuróticos de personalidade desempenham um papel importante ao afectarem as crenças disfuncionais das pessoas e, como resultado, a felicidade delas.

Em suma, a sua personalidade pode muito bem preparar o terreno para você ter crenças que atrapalhem o seu sucesso e felicidade. A questão é como.

O estudo de McDermut et al. sugere que a tendência para manter percepções distorcidas sobre si mesmo e das suas capacidades, e expectativas negativas parece mais provável de se desenvolver em pessoas cuja personalidade tende a olhar o mundo com preocupação e ansiedade.

Se crenças disfuncionais que indivíduos altamente neuróticos mantêm forem abordadas através de uma intervenção, então é possível ajudá-los a reverter o processo e desenvolver crenças renovadas nas suas capacidades.

 

Traduzido/adaptado por Pedro Martins

A partir de: “Expecting the Worst Can Lead to the Worst If You’re Neurotic” – Susan Krauss Whitbourne

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Tipos de Reacção à Perda do Amor

A aflitiva, catastrófica perda do “outro” – no psicótico – resulta de que neste tipo de estrutura psicopatológica do Eu o outro é absolutamente único; e, consequentemente, na sua perda, fica completamente só e perdido no nada.

Na estrutura depressiva o “outro” – um outro especial – é bastante mais importante que os outros; podemos dizer, o único verdadeiramente importante. Quando o perde o depressivo sente-se sem verdadeiro objecto de amor.

Na organização neurótica há um “outro” privilegiado, mas há vários outros importantes e amados. Quando se perde esse outro privilegiado, não fica nem só nem sem amor – e esta distinção é fundamental.

Podemos acrescentar que o sujeito normal/neurótico tem um número de pessoas investidas com intensidades e formas variadas.

 

A desesperança resultante da perda, o sentimento de que não poderá conquistar um novo amor, organiza a estrutura depressiva.

 

Em regra, a uma série de perdas e desilusões, o indivíduo pode perder a confiança na sua capacidade de amar e/ou na sua qualidade para ser amado, e então perde a esperança e deprime-se verdadeiramente.

Já não é só o sofrimento pela perda havida mas também a desesperança, o sentimento de que não poderá conquistar novo amor e é esta desesperança que organiza a estrutura depressiva.

Na história do depressivo raramente há uma só perda, mas uma sucessão de perdas que estruturam um sentimento de incapacidade de conquistar o amor do outro.

As novas perdas de afecto são cada vez mais intoleráveis, não só porque diminuem as reservas narcísicas, como esgotam o debilitado capital de esperança.

Por outro lado, as relações amorosas, vividas sob o signo da inibição (e muitas vezes na desconfiança da sinceridade do amor do outro), são insatisfatórias. Quando perdidas deixam o sabor amargo do que não foi e podia ter sido, a perda do que ainda não tinha sido ganho – o desespero, a tristeza, a frustração de ter perdido o que apenas se saboreara parcialmente. É a morte antes da vida; a tristeza que se segue à tristeza e não à alegria.

 

A partir de “Psicopatologia Dinâmica” – A. Coimbra de Matos

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