Amigos imaginários
Os amigos imaginários não se constituem como alucinações que a criança vê fora de si, embora, em alguns casos, isso possa acontecer.
As crianças acreditam na sua existência real, procuram a sua companhia e conversam com eles.
Ao auxiliarem a criança na elaboração de angústias e ansiedades, os amigos imaginários têm um papel importante na constituição do Eu.
Estes também podem surgir quando a criança experimenta uma perda real ou fantasiada.
O amigo imaginário pode desdobrar-se em múltiplas personagens que actuam num teatro interno.
À medida que o Eu da criança se estrutura e vai sendo capaz de fazer frente a conflitos e aspectos contraditórios eles tendem a desaparecer.
Em alguns casos (raros), quando as condições para o seu desaparecimento não se verificaram eles permanecem, tornando-se aspectos cindidos da personalidade.
Ao auxiliarem a criança na elaboração de angústias e ansiedades, os amigos imaginários têm um papel importante na constituição do Eu.
Numa fase em que as crianças têm poucos amigos reais, os imaginários desempenham um papel importante na ampliação do seu mundo social.
Através dos vários papeis que os amigos imaginários vão desempenhando a criança vai experimentando sobre vários pontos de vista as relações humanas no mundo dos adultos.
À medida que se ampliam o número de amizades, os amigos imaginários vão-se tornando menos interessantes até ficarem para trás.
Isto não quer dizer que perante uma dificuldade, uma desilusão, a criança não recorra esporadicamente a ele para partilhar a tristeza, ou descarregar a raiva que está a sentir.
Às vezes fazem muita falta!
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