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Infantilização dos filhos - Pedro Martins Psicoterapeuta Psicólogo Clínico

A Infantilização dos Filhos

Tratar um adulto como se fosse uma criança – infantilização -, cria um ciclo de dependência.

A ponto de vermos jovens adultos a perguntar constantemente, o que fazer e como fazê-lo.

Os efeitos negativos da infantilização nos adultos estão bem documentados:

– traduzem-se numa crescente diminuição da capacidade de funcionar autonomamente.

Mesmo nas crianças, a infantilização pode ter consequências negativas.

Imagine que tem uma filha pequena que acabou de aprender a atar os atacadores dos ténis.

Ela, objectivamente, leva mais tempo para fazer isso do que você.

Como normalmente está com pressa para sair de casa, você vai continuar atar-lhe os atacadores de manhã para não perder uns minutos preciosos.

Ao assumir essa tarefa que ela já pode fazer sozinha, você está a afectar o sentimento de autonomia da sua filha, mesmo que esteja a fazer isso por um motivo perfeitamente legítimo.

A infantilização nos adultos traduz-se numa crescente diminuição da capacidade de funcionar autonomamente.

Depois deste exemplo, imagine o que acontece com os pais muito narcísicos.

Os pais narcísicos precisam que os filhos permaneçam dependentes deles por muito tempo.

Quando os filhos crescem estes pais têm muito medo de não se sentirem importantes na vida dos filhos.

Nathan Winner e Bonnie Nicholson (2018), estudaram o papel da superprotecção: tratamento continuado dos filhos como se fossem crianças – infantilização.

De acordo com os autores, a superprotecção envolve excesso de envolvimento e intrusão, combinada com calor humano e pronta capacidade de resposta, em situações em que as crianças não precisam de ajuda nem de se sentirem seguras.

Os pais super-protectores, ao manterem os filhos dependentes deles, podem impedir o desenvolvimento adequado da independência do jovem adulto.

O que, por sua vez, leva o indivíduo a não ser capaz de viver uma vida adulta.

A superprotecção envolve excesso de envolvimento e intrusão.

Os pesquisadores acreditam que o controlo excessivo presente na superprotecção está no centro das dificuldades que os filhos de pais narcisistas podem sentir.

Winner & Nicholson definem o “controlo psicológico parental” como uma intrusão emocional, e não apenas tentativas de limitar a criança a tornar-se um adulto.

Os resultados (obtidos através de correlações) permitiram que os autores considerassem a relação entre o comportamento de controlo excessivo dos pais e o narcisismo das crianças.

Noutras palavras, os sujeitos com sentimentos de inferioridade, foram os que estiveram expostos a pais intrusivos que os tentavam controlar.

Os autores concluem que os pais que vão longe demais no seu desejo de permanecerem proeminentes e envolvidos na vida dos filhos contribuem para o desenvolvimento de sentimentos de inferioridade.

Os pais intrusivos levam os filhos a desenvolver sentimentos de inferioridade.

A existência desta relação sugere que os problemas narcísicos podem ser transmitidos de geração em geração.

Os pais emocionalmente intrusivos produzem filhos que, por sua vez, sentem que essa é a melhor maneira de criar um filho.

Também é importante notar que os pais que são demasiado controladores, efectivamente, são muito carinhosos enquanto cuidam dos filhos e lhes dão tudo (ou mais do que tudo).

Assim, os filhos sentem que serão amados se acederam os desejos dos pais, deteriorando ainda mais o seu sentimento de autonomia.

Ter sido tratado como uma criança não significa que você tenha que ser criança para sempre.

Ao ter uma percepção da forma como se deu o seu crescimento pode, finalmente, reconhecer o seu próprio potencial para ser um adulto e encetar movimentos no sentido da independência .

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