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Psicofármacos – É uma questão de custos e benefícios

Quando no âmbito do meu trabalho é solicitada a minha opinião sobre a medicação, a resposta que dou, e suponho, continue a dar, é a mesma: é tudo uma questão de custos/benefícios.

O ser contra ou a favor parece-me uma forma redutora de abordar a questão.

Pode, e deve-se discutir a representação que tem nos dias de hoje a medicação como forma de viver os problemas. Dado que o crescimento desenfreado do consumo não parece abrandar, é  urgente fazê-lo.

Isto vem a propósito de mais um estudo sobre psicofármacos – Benzodiazepinas: diazepam (Valium), alprazolam (Xanax) – publicado no British Medical Journal.

Na generalidade, os estudos que não são feitos pela indústria farmacêutica, apresentam resultados que devem deixar qualquer um apreensivo, não só quanto à sua eficácia, como, no que diz respeito aos efeitos secundários. Isto, por si só, já daria uma interessante discussão.

A outra questão é saber se há indicação para tratamento psicofarmacológico. Em grande parte dos casos sabemos que não. Como resultado, portugal apresenta taxas muito altas (e crescentes) deste tipo de fármacos. Uma vez que esta medicação tem muitos efeitos secundários, é necessário que seja prescrita com muito rigor.

Segundo o que me é dado a entender, aos pacientes não é colocada a questão do custo/benefício para poder escolher livremente. Nem tão pouco, se existem alternativas. Assim, sem o esclarecimento que lhe é devido, acaba por tacitamente aceitar o lhe é proposto.

As boas práticas sobre o consumo de Benzodiazepinas, como refere a agência europeia do medicamento, não deve ultrapassar algumas semanas, mas como é sabido elas ultrapassam muitas vezes um ano e em alguns casos há um consumo crónico.

É fundamental informar os pacientes do custo/benefício e das alternativas existentes.

(post publicado originalmente em 10.10.12)

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