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mecanismos de defesa do ego Pedro Martins Psicoterapeuta - Psicoterapia

Os Mecanismos de Defesa do Ego

Freud utiliza pela primeira vez o termo “defesa” em 1894 (As psiconeuroses de defesa).

Os mecanismos de defesa são estratégias inconscientes que o sujeito usa para tentar reduzir a tensão e a ansiedade fruto dos conflitos entre id, ego e superego.

Os mecanismos de defesa do ego são formas ilusórias de resolução, pois apenas disfarçam o conflito.

Segundo Freud, a nossa vida psíquica desenrola-se sob o signo do conflito, ou seja, entre a necessidade de satisfação do id e os impedimentos e proibições que emanam da sociedade e estão interiorizados no superego.

O conflito é “resolvido” pelo ego, que agindo segundo o princípio da realidade, procura conciliar forças pulsionais opostas, reduzindo desta forma a ansiedade intrapsíquica.

Actuando principalmente de forma inconsciente protegem o indivíduo da angústia pela não tomada de consciência do conflito.

A ansiedade neurótica surge quando o ego sente que pode ficar sobrecarregado pelo id, dito de outra forma, quando as necessidades do id se tornam tão poderosas que o ego sente-se incapaz de as controlar, e a irracionalidade do id pode manifestar-se através de pensamentos e comportamentos.

Qualquer forma de ansiedade é desconfortável daí que se procure eliminar ou reduzi-la.

Os mecanismos de defesa do ego são formas ilusórias de resolução, pois apenas disfarçam o conflito.

A função do ego é lidar com a ansiedade, para isso, segundo Freud, vai recorrer aos processos aos processos ao seu dispor, ou seja, os mecanismos de defesa do ego.

Recalcamento: o sujeito envia para o id as pulsões desejos e sentimentos que não pode admitir no seu ego. Os conteúdos recalcados, apesar de inconsciente, continuam actuantes e tendem a reaparecer de forma disfarçada (sonhos, actos falhados, lapsos).

Regressão: o sujeito adopta modos de pensar, atitudes e comportamentos característicos de uma fase de desenvolvimento anterior. Face à frustração ou incapacidade de lidar com certos problemas, a criança ou o adulto regridem, procurando a protecção sentida no passado.

Racionalização: o sujeito oculta de si e do outro as verdadeiras razões e justifica racionalmente o seu comportamento, retirando assim, os aspectos emocionais de uma situação geradora de angústia.

Projecção: o sujeito atribui a outros (sociedade, pessoas, objectos) desejos, ideias, características que não consegue admitir em si próprio.

Deslocamento: o sujeito transfere pulsões emoções do seu objecto natural, mas “perigoso” para um objecto substitutivo, mudando assim o objecto que satisfaz a pulsão.

Formação reactiva ou compensação: o sujeito “resolve o conflito entre os valores e as tendências consideradas inaceitáveis apresentando comportamentos opostos às pulsões. Ser, por exemplo, extremamente amável com alguém que odeia.

Sublimação: o sujeito substitui a satisfação pulsional por algo socialmente aceite. A eficácia do processo de sublimação implica que o objecto de substituição satisfaça o sujeito de forma real ou simbólica. Arte.

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